O que realmente somos.

Quando nos perdemos de nós mesmo... como voltar de onde paramos de ser?
 Se nem nós mesmos sabemos em que momento da nossa existência que desistimos de existir.
A gente se olha no espelho e sabe, não sou mais a mesma,o que aconteceu?E agora?O que faço?
E eu até queria ser eu, mais tenho preguiça de ser o que eu era, dava muito trabalho, então passei a ser como as outras pessoas diziam que eu era...pra convence-las, pra me convencer de que nesta vida, ainda podia fazer alguma coisa.
Ninguém gosta de se sentir impotente.
Antes queria salvar o mundo, hoje penso em salvar-me e basta, se conseguir dou-me por satisfeita.
Quando fiquei tão egoísta?Quando deixei de ser eu...talvez?
Ah, mais não tem problema, estou dentro do padrão da humanidade.
Ninguém quer ser salvo da mentira, ela dá esperança de que podemos ser, fazer coisas que a verdade não te oferece, a realidade é dura e por isso impede as pessoas de ser...quem realmente são, quando são alguma coisa, e se são algo fora do normal, do padrão preferem ser o que os outros pensam que são.
Eu perdi a coragem de ser, quando percebi que minha coragem não me beneficiaria em mundo que é repleto de medrosos, medo de ser porque dá trabalho... É mais fácil ser o que os outros pensam que somos, pra sermos aceitos.
Ninguém gosta de ser odiado ou desconfiar que pode ser odiado...Dói, e quando fazemos de tudo pra nos enquadrar, a dor passa a incomodar não á vemos como privilégios dos vivos, não se encaixa mais no"é melhor sentir a dor, do que não sentir nada", ninguém quer a dor, preferem sentir nada, por isso não fazem nada, e começam a se anular, pra se enquadrar, pra estar dentro, mesmo quando sente-se que está tão de fora e por fora do que acontece quando está dentro.
A gente vai se perdendo porque prefere ser uma boa visão do alheio, prefere não se expor por medo do ridículo e passa a sentir nada pra não sentir dor.
A sensação de não ser deste mundo...porque passei a ser igual a todo mundo.
E quando a gente se acha em um pedaço de papel, uma fotografia, uma poesia...dá saudade de ser o que era antes, dai lembramos que antes havia muito sofrimento e dor por não fazer parte de algum lugar, de algum grupo...o ser humano precisa pertencer á alguma categoria senão não sente-se humano, não sente que existe, quer fazer parte...de algum lugar.
 Ser quem realmente somos pode não ser aceitável, pode ser desagradável e dá trabalho desagradar.
O que realmente somos, nunca neste mundo ninguém saberá, porque a gente só mostra o que os outros querem ver, só fala o que querem ouvir de nós e só ri das piadas que os outros contam pra que se sintam engraçados e aos pucos vamos abrindo mão de quem quem realmente somos, depois nos perguntamos "daquela pessoa que eramos" como se nunca tivéssemos sido aquela pessoa, como se fossemos distintos daquela pessoa que eramos, nós mesmos, antes de sermos como todos pensam que somos e querem que a gente seja.
Só não entendo pra que tanto esforço para parecer igual aos outros se estamos em uma época em que ninguém se olha mais.
Sejamos então quem queremos ser,quem realmente somos, talvez nos dias de hoje, ser nós mesmos, passe desapercebido... 

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