ELA.

Ele sempre á traía, com todas as mulheres, mais, ou menos bonitas e interessantes que conhecia pelos bares, pelas ruas,pela noite, mas nunca permitia que fosse de outro.Ela acatava, obedecia.

Ele sempre á deixava, quando as lágrimas ainda escorriam de seu rosto, mesmo assim, sem nenhuma piedade, batia a porta, deixando saudade.Sempre ia embora, deixando na boca da amada o gosto de quero mais, amargo da noite que foi embora.E ela desejava que ainda não fosse dia, porque as noites é que ele preenchia a cama e , ela dormia sentindo seu cheiro até o sol apontar, não pregava os olhos pra aproveitar cada instante que a madrugada lhe dava!

Ela sempre o perdoava, seus pecados, erros que cometia e os que ainda nem havia cometido.

Estava disposta, sempre de portas abertas, porque sabia que ele sempre voltava, pra pedir ombro, pedir socorro das frustrações com que não conseguia lidar, ou talvez, só uma xícara de chá...Ela estava ali, pra quando ele quisesse voltar de onde?Nunca importava...

Só percebeu o quanto fazia falta, quando chegou em sua casa e a porta estava fechada a cadeado, quando ao procurar seu cheiro, sua face, sua mão pela cama, nunca esteve tão fria e vazia...Só sentiu-se perdido quando notou que não tinha mesmo para onde ir, nunca sentiu tanto abandono, tanta vontade de gritar, sufocado por estar sem ela, era estranho de pensar...

Só chorou , quando em seu túmulo deixou uma flor e descobriu que seu amor sempre foi dela e uma parte dele havia morrido também.Ali, estava enterrado uma, junto a seu corpo que ainda nem era tão frio, e a outra parte chorando por ela que á deixou sem bater a porta em um imenso vazio, que ela causava, agora mesmo sem querer...ela se foi.

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